Introdução
As representações sociais da idade e dos idosos explicam a avaliação negativa e a discriminação dos indivíduos com mais idade e a dificuldade em vivermos bem com cada idade. Os idosos são vistos como agradáveis, mas frágeis, dependentes e pouco competentes. Apesar dos exemplos de pessoas com muita idade que têm vidas ativas e produtivas, a sociedade mantém uma visão negativa do envelhecimento, que limita um envelhecimento saudável e gratificante. Este workshop tem como objetivo desconstruir estas representações sociais e sensibilizar para três vertentes: crenças, afetos e comportamentos saudáveis.
Material e métodos
A proposta foi apresentada por mail a universidades sénior, autarquias, centros comunitários e outras instituições de apoio, no Algarve. De acordo com as respostas calendarizaram-se as ações, na região algarvia, entre novembro de 2018 e dezembro de 2019. A formação consiste em sessões coloquiais de 2h onde os formadores salientam a natureza das crenças e abordam a importância dos afetos e da adoção de comportamentos saudáveis e adaptados a cada idade.
Resultados
Realizaram-se 5 sessões, com alunos de uma universidade sénior e frequentadores de atividades comunitárias, em áreas distintas do Algarve, num total de 100 participantes. Apesar dos grupos terem características muito distintas, em idade, nível de escolarização e em capacidade de atividade, a participação e aceitação foi sempre positiva.
Conclusão
A dinamização desta ação revelou-se uma ferramenta útil para a prevenção de comportamentos idadistas nos próprios idosos, ao mesmo tempo que sensibilizou os formandos para estratégias de adaptação às características e capacidades de cada idade.