Alexandre Kalache, um dos maiores especialistas internacionais em questões de longevidade, foi encarregado da conferência de abertura da exposição da Fundação Geral CSIC "A viver que são 100 anos. Uma visão científica da longevidade e do envelhecimento saudável", inaugurada na Casa de la Ciencia, em Sevilha, no dia 1 de outubro, por ocasião da celebração do "Dia Internacional do Idoso”.
Na sua palestra intitulada "A revolução da longevidade", Alexandre Kalache, que atualmente preside a Aliança Global de Centros de Longevidade Internacional (ILC Global Alliance) e o Centro Internacional de Longevidade do Brasil (ILC-BR), destacou que estamos num momento chave: estamos a viver uma revolução global na qual estamos todos imersos, a revolução da longevidade, já que atualmente há mais pessoas vivas com mais de 60 anos do que a soma de todas aquelas que existiram ao longo da história da humanidade. Na sua opinião, temos que celebrar que estamos a viver mais e que celebramos anos, tudo o mais é uma morte prematura. Por este motivo, para este especialista, "o envelhecimento ativo é o que nos encoraja a estar em movimento".
Kalache, que foi diretor do Departamento de Envelhecimento e Curso da Vida da Organização Mundial da Saúde, onde concebeu o quadro político do Envelhecimento Ativo em 2002 e, em 2007, o movimento global das Cidades Amigas dos Idosos, destacou a importância desta rede. "Essas cidades são orientadas para apoiar e permitir que os idosos vivam com dignidade, gozem de boa saúde e continuem a participar da sociedade plena e ativamente. A vida deixou de ser uma corrida de 100 metros, para se tornar uma maratona para a qual tens que te preparar tanto individualmente quanto socialmente".
A exposição "A vivir que são 100 años", uma iniciativa da Fundação General CSIC no âmbito do projecto "Centro Internacional sobre o Envelhecimento" (CENIE), co-financiado pelos fundos FEDER Interreg VA (POCTEP 2014-2020), pretende ser uma viagem através dos aspectos que fazem parte do nosso envelhecimento como indivíduos e como sociedade. Estruturada em cinco áreas, a amostra dá respostas a algumas das perguntas que nos fazemos durante essa jornada vital: o que é o envelhecimento? O que as pessoas fazem para ter vidas tão longas? Como é que o ambiente condiciona o nosso envelhecimento? O que devo fazer para alcançar um envelhecimento saudável? E mais um passo, o que fazer para alcançar 100 anos saudáveis?